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A empresa SANSSET, de Guanambi, que oferece serviços de banheiros químicos, está sendo acusada de ter promovido um odioso descarte de dejetos de fossas e banheiros químicos numa lagoa naquela cidade. 

A ação foi inteiramente filmada pelo Vice-Prefeito Hugo Costa. 

O caso envolve riscos severos à saúde em razão da contaminação química, física ou microbiológica da lagoa, que exerce, além da função ambiental de amortecimento de águas pluviais, o uso variado por pessoas e também animais que ali circundam. 

Os banheiros químicos trazem consigo agentes patogênicos que podem provocar doença grave em pessoas ou animais, de fácil transmissão (direta ou indiretamente) de um indivíduo para outro.

A legislação obriga que, a partir do ponto da utilização, um caminhão com uma bomba de sucção aspira os detritos, para depois transportá-los para estações de tratamento de esgoto. Para serem esvaziados, há uma mangueira ligada a uma conexão no vaso do banheiro, cuja abertura permite que os resíduos e produtos químicos saiam. A fim de garantir segurança e evitar contaminação, os dejetos devem ser esvaziados em uma instalação de eliminação adequada, como uma estação de despejo adequada. O não tratamento do esgoto, seguido de descarte direto no meio, contribui para a proliferação de diversas doenças parasitárias e infecciosas e promove  a degradação do corpo hídrico.

Em razão disso, a legislação é rigorosa quanto a esse tipo de efluente como  medida de proteção da saúde pública e da integridade do ecossistema aquático.

A empresa, assim que a denúncia foi publicada, tratou logo de emitir uma nota capenga em que não explica o que seu caminhão com essa finalidade estava fazendo naquela lagoa, pois ali não é local de teste de sucção. Mesmo que se tratasse de teste, o risco de contaminação é altíssimo, pois as mangueiras e o espaço de armazenamento do veículo estão contaminados pelos resíduos de operações de transporte que a empresa faz desse tipo de efluente. 

Como forma de desqualificar a denúncia, protocolou notícia-crime na Delegacia de Polícia contra o Vice-Prefeito. Trata-se de uma conhecida manobra intimidatória de quem burla criminosamente a legislação. 

A PROBUS irá protocolar requerimento perante o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Polícia Federal para que esses fatos sejam rigorosamente apurados com responsabilização criminal e administrativa da empresa.